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Atitude - Muito Mais Gostoso                      

Emanuel Neri, jornalista e hoteleiro em São Miguel do Gostoso

Quando todos se unem, é bem mais fácil resolver

              





Quando todos se unem em torno de um problema, é mais fácil resolver. É isto que tem acontecido em São Miguel do Gostoso no enfrentamento de problemas que são comuns ao turismo e à população local. São muitos os exemplos que poderiam ser mencionados, mas a questão da segurança e do barulho –dois problemas que atormentaram a população e os hoteleiros, principalmente na última temporada de verão – em parte foram solucionados graças à união da Prefeitura, polícia, comunidade, comerciantes e hoteleiros.

 

 

 

 

 

 

 

 


               No início de janeiro, parecia que a questão do barulho estava novamente fugindo do controle. Casas noturnas da cidade –algumas cujos proprietários já foram condenados pela Justiça por abusarem do som alto em seus estabelecimentos – pareciam dispostos a um novo enfrentamento com a população. Esqueciam que a Justiça firmara um Termo de Ajuste de Conduta, conhecido por TAC, que obriga estes estabelecimentos a respeitarem  leis que proíbem som alto, além de estabelecer calendário para festas até mais tarde.

             Só para relembrar este calendário onde casas noturnas, poder público ou residências particulares podem fazer festas com som alto até mais tarde: Festa do Padroeiro, em setembro, aniversário da emancipação do município, em julho, Natal e Ano Novo. Fora deste calendário, as festas só podem se prolongar até meia-noite, mesmo assim com a concordância da Prefeitura e da Polícia. Carros de som e também automóveis não podem circular à noite, pela cidade, com seus sistema de som em altos volumes. A Polícia está orientada pela Justiça a reprimir este tipo de abuso.

              Do mesmo jeito que a questão do barulho, o quesito segurança também parecia fugir do controle no início desta temporada. Cidade cheia, turistas de várias partes do país e do exterior --tudo isso era um prato cheio para delinqüentes. Pequenos assaltos foram realizados na cidade e novamente a paranóia tomou conta de muita gente. Mas a ação rápida da polícia, apoiada pela Prefeitura e comunidade, principalmente hoteleiros e comerciantes, fez com que a coisa entrasse novamente nos eixos. Foram feitas investigações e prisões –assaltantes de fora estavam na cidade para praticar assaltos.

             Apesar da melhoria local, a questão da segurança em âmbito regional ainda é um problema seríssimo. Alvos turísticos continuam despertando interesse de marginais em tudo quanto é canto do Brasil. No Rio Grande do Norte, já houve assaltos a hotéis em Natal e em outras cidades turísticas – até a pacatíssima São Miguel do Gostoso já foi vítima deste tipo de investida. Em fevereiro, lamentavelmente, ocorreu o pior que poderia acontecer para o turismo do nosso Estado, e consequentemente do Brasil –um turista sueco foi assassinado durante um assalto a uma pousada de Pipa. Parecia até uma morte previamente anunciada.

             Os sinais de um crime de conseqüências mais sérias estavam mais do que anunciados na série de assaltos que vinham ocorrendo em cidades turísticas. Esta morte teve uma repercussão enorme no Brasil e no exterior e, além da perda dramática de uma vida, causou estragos enormes ao nosso turismo. O lamentável desta história é que este crime poderia ter sido evitado, caso houvesse uma ação mais efetiva dos agentes de segurança pública nestes alvos turísticos. E o pior é que o alvoroço da polícia parece só ter ocorrido nos dias subseqüentes ao crime –depois, parece ter caído no esquecimento.

              Lamentavelmente não há no Rio Grande do Norte, como de resto em outros Estados do Brasil, uma política efetiva de combate a este tipo de crime. E o pior é que a ação policial focou suas iniciativas exclusivamente onde o assassinato aconteceu, ou seja, em Pipa, esquecendo que a criminalidade nos alvos turísticos está por toda a parte. Pergunto: o que efetivamente foi feito em São Miguel do Gostoso para evitar que crimes mais violentos, como o do sueco, também aconteçam aqui? Falta no Estado uma política de segurança, inteligente, que foque suas ações nestes alvos preferidos dos marginais.    

             Um filme é uma boa notícia        

              Bom, mas deixando esta questão da segurança para ser administrada pelas autoridades estaduais, gostaria de aproveitar este restante de espaço para registrar uma boa notícia. Trata-se do filme que o cineasta Eugênio Puppo está rodando em São Miguel do Gostoso. Puppo está captando imagens que vão resgatar a nossa história. E seu plano é muito mais ambicioso, pois inclui um festival de cinema nacional em plena praia –que bacana, hein? -- , além de oficinas para treinar nossos jovens a trabalharem com cinema. São poucas as cidades do país que se dão ao luxo de viverem uma experiência deste tipo.

             Puppo é um cineasta paulista com uma experiência enorme na cinematografia nacional. Mas, para que seu projeto se concretize, é necessário ter o apoio da iniciativa privada do nosso Estado. O projeto do documentário sobre São Miguel do Gostoso está respaldado por leis de incentivo, que garantem deduções no Imposto de Renda para quem colaborar com o filme. Para que o filme e o sonho da população local se tornem realidade, é necessário o apoio de todos, particularmente das empresas de maior porte do nosso Estado. Prefeitura, pousadas e o comércio de São Miguel do Gostoso estão ajudando muito -- resta agora ao governo potiguar e às empresas também fazerem a sua parte.             

 

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Comentário de Dirceu Bellizzi:

Caro Neri, louvável a iniciativa do Eugênio Puppo !!! Vale a inclusão do tema da ´preservação e conservação ambiental´ no documentário dele, além das preservações da cultura e dos bens materiais e imateriais.

Fiquei meio abismado com um tal resort Tropical D´Santo Cristo que está anunciado no site. Numa cidade que não tem praticamente nenhuma edificação de 2 pavimentos, apresenta-se um complexo turístico de tal ordem. As licenças ambientais devem ser rígidas para tais edificações para não degradar lagoas, lençol freático e o ambiente natural de Gostoso. Fato que vemos diaria e historicamente nos modelos de ocupação do solo no Brasil. Deve-se exigir um projeto de saneamento e esgoto sério para não vermos como todas as praias e cidades brasileiras, onde temos hotéis 5 estrelas em praias maravilhosas como Rio de Janeiro, Florianópolis, Natal (Ponta Negra), Recife, Porto de Galinhas, Salvador, etc... e línguas negras de esgoto sai ndo a céu aberto em direção ao mar, rios e lagoas !!!

Acredito ser muito importante levantar e debater exaustivamente esta questão, para não vermos daqui a 10 anos a cidade cheia de glamour de ´resorts´ na beira do mar e a população nativa e de baixa renda vivendo ´nos fundos´ da cidade com empregos mal remunerados e sem poder desfrutar dos benefícios sociais porque não tem condições de acompanhar o aumento do custo de vida local.

É isso. Espero estar sempre colaborando.

Obrigado e grande abraço.

Dirceu Bellizzi

 

 

 

 

 

 

 


Comentário de Emanuel Neri:

Acho bastante oportunas as considerações do Dirceu. Temos, sim, que nos preocupar muito com a preservação do meio ambiente. Considero a construção destes mega projetos um grande risco para a nossa natureza e o cresimento ordenado de Sao Miguel do Gostoso.


Alem de projetos como este, está surgindo na cidade um tipo de edificacao -predios de dois ou tres pavimentos - que, alem de representar risco ao ordenamento urbano, tambem ameaca ao crescimento ordenado e sustentado da cidade. A Prefeitura tem que ficar ligadissima nesta questao.


É muito importante que pessoas como o Dirceu estejam sempre ligadas no desenvolvimento de Sao Miguel do Gostoso. Isso é uma garantia de que o nosso crescimento se darah sem maiores riscos ao nosso ambiente.

Emanuel Neri

 

 

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